Oraculo de Ifá - Paula Betiol
O jogo de búzios, tem sido por muitas
gerações aprendido e ensinado. A consulta a um oráculo para se pedir um
conselho, uma ajuda para uma situação em que estamos vivenciando, remota aos
primórdios da nossa história.
Assim como o tarot, as runas, a leitura das
borras de café ou os resíduos do chá nas chávenas, são todos
métodos Divinatórios, apesar de popularmente serem ditos como métodos adivinhatórios,
como se todos os que têm dons mediúnicos tentassem, por assim dizer, “
adivinhar” o que o futuro reserva aos milhares de consulentes.
O desejo ardente de saber sobre o futuro
alimentou por tanto tempo o interesse crescente por se estudar cada vez mais as
origens e aprofundar conhecimentos que foram passados pela oralidade dentro de
grupos étnicos, como os ciganos, os africanos, os nórdicos ou celtas, todo o
mundo árabe e oriental.
O Ocidente, com a movimentação dos “descobrimentos de novos continentes”, além das conquistas e ondas migrações de novos povos e culturas; foi banhado por essas artes adivinhatórias, e a curiosidade em
ir as consultas, ou aprender o método foi e ainda é crescente.
Hoje sabemos que todas levam a conexão com
o divino de cada consulente, onde os “videntes”, “canalizadores” ou mediúnicos,
ascendem ao inconsciente num estado de elevar a sua vibração, e, por permissão do Eu superior do consulente,
traduzir-se os anseios e as respostas, que a sabedoria divina daquela pessoa
quer transmitir-lhe como mensagem.
Na Nova Era em que vivemos, nem todos
utilizam um desses oráculos conhecidos, alguns, o fazem durante uma sessão de
reiki, numa leitura da Aura pelo método da Rosa, uma limpeza xamânica, e tantas
outras terapias alternativas, a que chamam de canalização direta, não
necessitam de um veículo oráculo para
receberem as mensagens.
A busca de respostas e confirmações para
saber qual direcionamento que deveremos ter, muitas vezes, faz se necessário, e
há sempre o risco de haver exageros nessas buscas, uma vez que num estado de
ansiedade, o querer “ouvir” algo externo torna-se uma muleta, ou apego em
demasia.
Quem se dedica ao jogo de Búzios, tem o
compromisso de jamais deixar de ter a separação, o respeito e o bom senso, de
não tornar o fato de ser esse canal, algo permissivo da falta de ética, pelo
fato de ser cobrado um valor por consulta, e, por estar diante da fragilidade
humana, permitir esse apego e necessidade de constantemente estarem numa consulta
ou num telefone, mexendo e remexendo, para buscar o controlo, do que de fato
não se tem.
Numa consulta oracular, temos nosso dom,
assim como os medos e anseios de perder o cliente, ou querer também estar sempre
em buscas, que o próprio tempo ainda não tem as respostas.
Não vamos e nem podemos descer patamares
involutivos, para criarmos pessoas co dependentes de nós ou de nosso oráculo e
gerarmos energias viciantes, não sendo benéfico para nós e nem para o Bem de
todos no equilíbrio das energias forma/matéria.
Essa frequência iria fazer-nos prisioneiros de
nossos caprichos, desvincularia todo o conceito de honrar a divindade que
habita em nós, e em todos a nossa volta, para um Bem supremo Maior.
Isso para dizer, que manter
clientes/consulentes, agarrados a nós todos os dias, a perguntar sobre fatos da
consulta e acontecimentos diários, não pode acontecer de maneira nenhuma.
O
estarmos em silêncio, para que quem auxiliamos possam ir vivenciando sua vida e
os concelhos ou avisos das consultas, dignifica-nos e nos dá a certeza de que
tudo esta no perfeito fluxo.
Na
altura propícia, haverá outras consultas, em que novas portas se abrem, mas sem
as queremos arrombar para termos um controle que não temos.
O oráculo de búzios que ensino, o Oráculo de Ifá, pelo método que fui desenvolvendo nesses 17 anos de prática, apesar de ter tido na infância e adolescência a primeira formação/informação, com os Búzios, foi totalmente criado por mim, com a ajuda dos elementares: os Orixás, e a Ordem Arcangélica, por isso os formados pelo meu método de Jogo de Búzios, são considerados Sacerdotes/ Sacerdotisas Independentes do Sagrado Oráculo dos Orixás: O Oráculo de Ifá
Não tem qualquer ligação com os métodos
ensinados dentro das religiões que têm sua história, tradição, normas de
conduta e iniciação de Origem Africana que foram passados pela oralidade de
geração em geração dentro de seus sistemas fechados e secretos.
Sou filha de Oxum, sem a menor dúvida, à
ela devo toda a inspiração coragem e dedicação. Á ela me auto consagrei, no dia
em que tornei o Jogo de Búzios o meu Oráculo Pessoal.
Assim como sinto proteção e a presença do
meu Guardião e Mensageiro Sagathana.
Para todos os atendimentos tenho os
ensinamentos de Obaluaiê, Iansã, Xangô, Yemanjá e Obá como os regentes do meu
Axé.
Foi
na aceitação de honrar os Búzios como oráculo pessoal, que passei a desenvolver
o método que ensino no Curso.
Serão sempre as bases, os primeiros
alicerces para quem de fato sente, a vontade e a atração por esse método
Divinatório, que vem de uma frequência vibratória muito alta, para ser
simplesmente método de adivinhação.
De todas as técnicas que estudei, os
búzios sempre estiveram, como que guardados para na altura certa, ter a certeza
que seria o método mais adequado.
Não somos nós que decidimos qual o oráculo
que vamos adotar em nossa vida. Ele é resultado de algo Maior, que irá
puxar-nos, atrair-nos para que cada vez mais, aprofundarmos nossos estudos e
praticas.
Cada leitura de búzios, descobre-se sempre
mais, aprende-se mais, vivencia-se mais, e sente-se que estamos diante duma
fonte inesgotável, que nos alimenta em gratidão por cada oportunidade, de
adentrar na energia/ Luz sabedoria de alguém que nos procura.
Lemos imenso sobre o conceito do jogo de
búzios, alguns vão dando respostas, outros vão direcionando para uma vertente
única que foge, a tudo que esteja inserido dentro dos conceitos religiosos.
Basta irmos, deixando nos guiar por uma
força que rege nos a todos : O Universo.
Existem, inúmeros, métodos do jogo de
búzios, se conseguíssemos, reunir o maior número de pessoas que jogam búzios,
verificaríamos que nenhum é o mais correto, ou que a maioria estaria certa ou
errada na forma como interpretam o oráculo.
Indubitavelmente, todos funcionam, é como costumo
dizer, nas sintonizações de reiki, ou nas orações aos Anjos e Arcanjos, todas
funcionam, porque há uma regência Maior, a que chamamos de Energia Divina, a
Sabedoria Divina, que “ajeita” para que seja transmitido exatamente o que a
pessoa precisa saber, naquele momento do ciclo da vida.
Parece num primeiro momento, um tanto oposto,
ser-se terapeuta de Anjos e Arcanjos, e usar os búzios numa consulta.
Mas há uma relação muito grande com as
energias dos Orixás e a ordem Arcangélica, ambas são energias, centelhas que
provêm da Fonte Universal.
Orixá é um aspeto vibratório, uma energia,
proveniente da Fonte que tudo é. O todo, o Um, o Criador de tudo o que existe:
Deus ou Olorum.
É o Ser Supremo em Luz, que se fragmenta
para que todos possamos beneficiar, na frequência mais adequada de sua
Emanação. São os raios cor, que emanam da Luz Branca Pura.
Dele, saem as centelhas Divinas, que são
os orixás, dentro do dialeto afro, Ori(cabeça)
Xá ( Energia).
É pelo Chacra da cabeça: Coroa que
recebemos grande parte das energias do Universo, que nos liga ao divino, à
nossa espiritualidade.
Assim Cada um de nós temos nossas próprias
centelhas, como são todas da mesma fonte, podem estar em todo o lado, com a
mesma omnisciência e omnipresença, variando a mescla dos raios cor, que são
mais adequados para nos auxiliar no
nosso processo Evolutivo, de autoconhecimento, só a partir do reconhecimento de
quem somos em qualidades e defeitos, duais, é que podemos adquirir aprendizagem
e crescimento pessoal, o tanto falado empoderamento pessoal.
Sem comentários:
Enviar um comentário